Época Construção
Séc. XVI (conjectural) / XVIII
Cronologia
"1585 - os terrenos da Barroca, de origem terras da Coroa, encontravam-se na posse de Álvaro Afonso de Almada; 1619 - o fidalgo André Ximenes de Aragão, cavaleiro da Ordem de Cristo (6º filho de Duarte Ximenes de Aragão e de Isabel Rodrigues da Veiga e irmão de Fernão Ximenes de Aragão, rico mercador), institui, em testamento com sua mulher D. Maria Ximenes, um morgadio de 10 mil, cruzados que tinha como sede a Barroca d'Alva e importância de que era credor ao Duque de Bragança; a administração deste vínculo passou depois a um filho de nome Tomás e, por morte deste, a um seu sobrinho, Jerónimo; deste passou a outro sobrinho, Rodrigo Ximenes de Aragão e depois a seu neto Francisco Inácio Ximenes Coutinho de Aragão Barriga e Veiga; foi depois o morgadio herdado por Rodrigo Caetano Pereira Coutinho Barriga e Veiga seu filho bastardo; nesta altura já a maior parte das terras da Barroca tinham revertido para a Coroa; 1747 - Jácome Ratton (1736 -1822) chega a Portugal; 1767 - Ratton obtém da Coroa o arrendamento perpétuo das terras da Barroca e inicia no local uma plantação de amoreiras e criação de bichos-da-seda; procede ao arroteamento dos terrenos incultos, enxugo de pântanos, limpeza de valas, etc.; nos terrenos existia então, segundo o próprio Ratton, apenas uma ermida, dedicada a Santo António (2), com casa anexa em ruínas, que eram pertença da comenda de São Tiago de Alcochete; Ratton teria procedido ao restauro da ermida, mantendo as suas características (3); 1810 - perseguido por suspeita de colaboração com os franceses durante as invasões, Ratton exila-se em Inglaterra; durante a sua ausência será o seu filho Diogo Ratton a assumir a direcção dos negócios; senhor do Prazo da Barroca d'Alva, membro da Comissão de Obras Públicas e membro fundador da Sociedade Promotora da Indústria Nacional, conclui as obras do primitivo solar da Barroca, hoje desaparecido; 1876 - José Maria dos Santos, compra a Barroca e courelas anexas ao Barão de Alcochete, Jacques Léon Daupiás, filho de Bernard Daupiás, 1º Barão e 1º Visconde de Alcochete, casado com Emília Júlia Ratton, sua prima, e herdeira da Barroca por via paterna; 1913 - morre José Maria dos Santos passando a direcção dos seus negócios para o seu sobrinho António Santos Jorge pai do actual proprietário Samuel Lupi Santos Jorge."
Tipologia
"Arquitectura religiosa renascentista, maneirista. Edifício de planta circular, com cobertura em cúpula esférica, com protótipos italianos do alto renascimento, do tipo bramantino. Modelo invulgar no país, a capela enquadra-se na tipologia das cubas alentejanas aqui defendida por dupla cintura de muralhas ameadas. Os vestígios do pórtico de entrada, em frontão semicircular, conduzem sempre aos formulários italianizantes de quinhentos."
Características Particulares
Capela fortaleza sem paralelos conhecidos em Portugal, destaca-se pelo equilíbrio das massas e pela racionalidade geométrica da sua planimetria, constituindo aparentemente um exemplar único de puras formas renascentistas, divinamente enquadrado pela paisagem envolvente.
3 comentários:
Foi ver e me apaixonar....Não sei como pude perder estar tão perto e não ter podido ver essa obra aquitetônica. Amigos portugueses disseram-me que encontra-se em ruinas....pena! Merecia um restauro pra visitação pública. É uma obra invulgar e merece mais atenção. Na minha próxima visita a Portugal vou tentar ver esse monumento. Parbéns pela pesquisa do histórico desse monumento.
Ronaldo
São Paulo - S.P. Brasil
Caro Ronaldo,
Obrigado pela sua visita ao Coisas de Alcochete.
Este monumento é uma das perolas do Concelho e está em terreno privado, mas acessivel a visitas. Só o passeio até à Ermida é precioso. Um lugar mágico.
Cá o esperamos para a sua visita.
Cumprimentos,
Alcochetano
ola a todos ,espero que alguem me possa esclarecer uma duvida, quando era pequeno fui a ermida de santo antonio de ussa.isto ja la vai a 20anos, E quando entrei dentro do castelo avia uma sala redonda e no meio da sala avia algo pararecido como um altar,mas no meio da sala avia
uma tampa de pedra , que se dis ser um buraco muito fundo , e que estiveram arquiologos , para ver onde chegava o buraco e nao consseguiam porque faltava o oxigenio ,,sera verdade ,,alguem me possa esclarecer esta duvida..
::claudio santos
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