28 setembro 2007

Olho Azul

Na primeira metade do sec. XX, a região de Alcochete foi assolada por um homem que até aos dias de hoje é falado pelos mais velhos e que apenas dão o nome de “Olho Azul”. Este nome estava associado aos mais diversos crimes e era temido pela comunidade. Contudo, nada de escrito existe e apenas sobrevive a lenda. Quem era “Olho Azul”?

Aqui espero ajuda de quem conhece esta lenda.

25 setembro 2007

Peste Negra




"Peste negra é a designação por que ficou conhecida, durante a Idade Média, a peste bubónica, pandemia que assolou a Europa durante o século XIV e dizimou em torno de 25 a 75 milhões de pessoas, pois alguns pesquisadores acreditam que o número mais próximo da realidade é de 75 milhões de pessoas, um terço da população da época. A doença é causada pela bactéria Yersinia pestis, transmitida ao ser humano através das pulgas dos ratos-pretos (Rattus rattus) ou outros roedores.
Em Portugal a peste entrou no Outono de 1348. Matou entre um terço e metade da população, segundo as estimativas mais credíveis, e entretanto reduziu a nação ao caos. Foram inclusivamente convocadas as Cortes em 1352 para restaurar a ordem.
Um dos efeitos indirectos da peste em Portugal seria a revolução após o reinado de D. Fernando (Crise de 1383-1385). Este interregno, mais que uma guerra civil pela escolha de novo rei, terá antes sido a luta da nova classe de pequena nobreza e burguesia que subira a escada social aproveitando as oportunidades após os desequilíbrios sociais provocados pela peste, contra o "antigo regime" desacreditado, a enfraquecida e esclerótica alta nobreza que presidira à catástrofe e cujos titulares, nascidos e criados nos anos da doença, não terão adquirido as capacidades necessárias à governação eficaz. De facto esta elite da alta nobreza, clero e Casa Real, terá respondido à substancial perda de rendimentos e aumento de custos de mão de obra devido à peste com maior autoritarismo e tirania. Assim se explica a tendência desta frágil alta nobreza de se aliar com a sua também atacada congénere castelhana.
A peste, que nunca antes existira na Península Ibérica, voltou a Portugal várias vezes até ao fim do século XVII, ou seja sempre que nasciam suficientes novos hóspedes não imunes. Nenhuma foi nem remotamente tão devastadora como a primeira, mas a Grande Peste de Lisboa em 1569 terá matado 600 pessoas por dia, ao todo 60 000 habitantes da cidade terão sucumbido. A última grande epidemia foi em 1650. No entanto, no seguimento da Terceira Pandemia a peste foi importada para o Porto em 1899 do Oriente (provavelmente de Macau onde grassou desde 1895 até ao fim do século). A epidemia do Porto foi estudada por Ricardo Jorge, que instituiu as medidas de Saúde Pública necessárias, e que a conseguiram limitar."

Quando em 1527 mais uma epidemia assolava a capital e novo surto despontou em Castela em 1533, D.João III ordenou a colocação de um guarda em Alcochete. A este disposto régio, a vereação da Câmara Municipal decidiu nomear um guarda-mor de modo a proteger a povoação e a 21 de Julho de 1569, decidiu proibir que todos os barqueiros que viessem de Lisboa que aportassem ou entrassem na vila sem que antes tivesse decorrido dez dias e de serem examinados por um médico.






"acordo sobre as barcas que vão a llisboa que não
venham ao porto desta villa senão a pomta da estada

E lloguo na dita vereacão pellos ditos oficiaes e mais pesoas da guouernamca da villa que forão chamadas per campa tãogida de perguão dado pello porteyro do comcelho que todo o barqueyro que llevar llenha e toio a cidade de llisboa que não venha desembarcar ao porto desta villa nem amarem as barcas ao porto desta villa e se uão desembarcar a pomta da estrada e lla amarem as ditas barcas ao pinheyro que seia da quintam e marynha de Jam de bryto pera alem E quamto as da pomta da estada sera da pomta da estada pera demtro pello assim declara amtonio fernamdez barqueyro que ally se podiam estar mjlhor E quamto aos barqueyros que nas ditas barcas andarem assim aRazes como parseiros que não entrem nesta villa senão amdamdo dez dias sem Jrem a llisboa E sem embargo diso não emtrarão sem llisemsa do senhor garda moor E sem parecer do Lisemceado E fizico desta villa E jsto compena de dous mjll rees E vimte dias da cadea a metade pera quem o acuzar E a outra metade pera as guardas E allcaide desta villa E declarão que sem embargo do aRiba dito que todo o barqueyro que a llisboa ouuer de Jr quer com barca caregada quer vazia não va sem llisemsa E escryto do dito guarda mor quall sera visto per Jam bernalldez a emtrada E quamdo o senhor guarda moor não estiuer na tera será de Jam bernalldez E o dia achegar a cada hum destes portos estarão em degredo seis dias E Jmdo nestes ditos seis dias cada hum delles a llisboa tornarão a tirar outro escryto e Jso sob as mesmas penas asima ditas E quamto a barca de careyra semdo caso que seia nesesaryo Jr (…) llisboa (…) om va sem se fazerem os Jizames nesesaryos E se forem com o dito Jzame sera quimta feyra E Jsto sob a mesma pena E assim declarão mais aos ditos aRazes que toda a barca que vier com trygo do taroall venha ao porto desta villa sob as mesmas penas asima declaradas E eu manoell pereyra que espreuy E amtrelinhey a llisboa o que fiz por verdade."

Fontes: Wikipedia, "Monografia do Concelho de Alcochete"

20 setembro 2007

Agiologio Lusitano



Seguindo a recomendação do Padre Carlos Russo, fui em busca do “Agiologio Lusitano” de Jorge Cardoso, perseguindo pistas de modo a revelar a vida de alcochetanos ao longo da História. Apesar de ser um extensa obra, composta por cinco volumes com aproximadamente oitocentas páginas cada, aqui e ali aparecem pedaços de vidas de homens e mulheres que dedicaram a sua existência em prol da Igreja e alguns nascidos em Alcochete.


O Agiologio Lusitano de Jorge Cardoso é um dos grandes monumentos da cultura portuguesa do século XVII. Elaborado com o intuito confessado de inventariar todas as “vidas” de santos, beatos, veneráveis, “varões” e mulheres “ilustres em virtude” de “Portugal e suas conquistas” que o tempo ia deixando “sepultadas no esquecimento”, este Agiologio apresentou-se também como uma obra que pretendia elogiar os “santos da Pátria” para que os portugueses tivessem a quem imitar e os “Pátria de Santos”, ou seja para que os portugueses tivessem a quem imitar e os “estrangeiros” vissem – em que datas muito significativas... – que Portugal era uma “Pátria de santos”, ou seja para que a “santidade” fosse também um signo identificador da “Pátria”. Apesar de esta obra ter ficado incompleta – só foi parcialmente continuada no século XVIII por D. António Caetano de Sousa – do imenso trabalho do seu autor resultou, com se pretende mostrar neste estudo, uma obra de consulta imprescindível para o estudo não só do fenómeno da santidade em Portugal até ao século XVII, mas também múltiplas outras facetas da vida religiosa, social e até política desses tempos.



Maria de Lurdes Correia Fernandes, História, santidade e identidade. O Agiologio Lusitano de Jorge Cardoso e o seu contexto.pág. 25


Aqui fica um exemplo do que podemos encontrar nesta obra:






Para aumentar clique na imagem

03 setembro 2007

GDA na Taça





Após o ultimo jogo disputado pelo GDA na Taça de Portugal, resolvi efectuar uma busca sobre o historial do clube pela Net. Numa tabela acumulada até à época de 2002 – 2003 o GDA ocupava 160ª posição (entre 625 clubes) com 35 jogos realizados, 11 vitórias, 4 empates e 20 derrotas.
Esta lista foi retirada de vários sites da Internet e por falta de informação anterior a 1974 optei por apenas colocar os jogos realizados entre 1974 até 2008 e as respectivas fases de apuramento.
Se por algum motivo quiser rectificar algum erro, ou completar esta lista, a caixa de comentários está disponível.

Taça de Portugal 1974-75
Fase: 1/128
GD Alcochetense - SL Olivais 1-2


Taça de Portugal 1975-76
Fase: 1/128
GD Alcochetense - Vasco Gama AC 1-1 / 2-3 (Jogo de Desempate)

Taça de Portugal 1976-77
Fase: 1/128
CD Nacional Madeira - GD Alcochetense 1-0

Taça de Portugal 1977-78
Fase: 1/128
GD Alcochetense - CD Montijo 0-3

Taça de Portugal 1978-79
Fase: 1/128
SL Olivais - GD Alcochetense 0-1
Fase: 1/64
GD Alcochetense - Sporting CP 0-2

Taça de Portugal 1979-80
Fase: 1/128
GD Alcochetense - SC Farense 0-5
Taça de Portugal 1980-81
Fase: 1/128
GD Alcochetense - CF União Madeira 1-4

Taça de Portugal 1988-89
Fase: 1/128
SG Sacavenense - GD Alcochetense 2-1

Taça de Portugal 1993-94
Fase: 1/256
CA Aldenovense - GD Alcochetense 2-5
Fase: 1/128
GD Alcochetense - CA Macedo Cavaleiros 1-0

Fase: 1/64
GD Alcochetense - AD Ovarense 0-4

Taça de Portugal 1997-98
Fase: 1/256
GD Alcochetense - CD Ribeira Brava 5-3

Fase: 1/128
GD Alcochetense - GUS Montemor 0-1

Taça de Portugal 1998-99
Fase: 1/256
GD Alcochetense - GD Samora Correia 3-2

Fase: 1/128
Seixal FC - GD Alcochetense 6-1

Taça de Portugal 2000-01
Fase: 1/256
GD Alcochetense - Vasco Gama AC 1-1 / 1-2 ( Jogo de desempate)

Taça de Portugal 2001-02
Fase: 1/256
CD Portossantense - GD Alcochetense 2-1
Taça de Portugal 2002-03
Fase: 1/256
GD Alcochetense - SG Sacavenense 3-1

Fase: 1/128
GD Alcochetense - BC Ribeirinha 3-1
Fase: 1/64
GD Alcochetense - USC Paredes 1-2

Taça de Portugal 2005/06
Fase 1/256
GD Alcochetense – Amora 3-1

Fase 1/128
GD Alcochetense – U. Micaelense 1-2

Taça de Portugal 2006/07
Fase 1/256
Oeiras - GD Alcochetense 2-0

Taça de Portugal 2007/08
Fase 1/256
GD Alcochetense – Ferreiras 2-1